0 "The Big Bang Theory" coloca os geeks no poder

The Big Bang Theory A Veja dessa semana (edição 2146) repercutiu um fenômeno recente: a chegada dos geeks (nerds com banda larga, diz o texto) à televisão. Nesse novo formato de entretenimento, a comédia The Big Bang Theory é o exemplo mais festejado. O programa é mestre em desenvolver diálogos inesperados, viajando desde avançadas teorias da física até o mais recente arco das histórias em quadrinhos. Não há quem resista ao humor despretensioso dos sujeitos mais esquisitos do planeta.

The Big Bang Theory explora o contraste entre a inteligência dos geeks e sua suposta estultice social. Apesar de ser um gênio que entrou na faculdade aos 11 anos, Sheldon é infantiloide e misógino. A azaração também não é o forte dos colegas. O almofadinha Howard se julga sexy, mas não tem namorada e vive com a mãe. O indiano Raj padece de uma mudez patológica diante das garotas. Na comunidade científica americana, há quem torça o nariz para o fato de os geeks serem mostrados assim. É da natureza das sitcoms, contudo, extrair humor da caricatura. E, no fim das contas, a série oferece uma visão bem simpática da categoria. Seu lado, digamos, humano é revelado por meio do personagem Leonard - pois a excentricidade não o impediu de viver um romance com a loira do apê ao lado. De Steve Jobs, dono da Apple, a Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, os geeks já eram os senhores da chamada nova economia. The Big Bang Theory é a prova de que eles venceram também nos domínios da cultura pop.

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