0 Cientologia e novas polêmicas no caminho de Paul Thomas Anderson

O destaque da edição #272 (setembro/outubro-12) da revista cult americana Film Comment é para O Mestre (The Master). Extraoficialmente o filme trata do nascimento da Cientologia, religião fundada em 1952 pelo autor de ficção cientifica L. Ron Hubbard (1911-1986). Digo extraoficialmente porque o diretor Paul Thomas Anderson teima em negar a relação.

De acordo com "New York Post", essa "inspiração" estaria ganhando inimigos poderosos dentro da religião. Um deles é Tom Cruise, que criticou parte do enredo. Como pesquisador social, eu estava achando a polêmica muito bem-vinda. Infelizmente, os primeiros relatos após a exibição do filme nos festivais de Veneza e de Toronto, mostram que estão fazendo tempestade em copo d'água.





É decepcionante dizer isso, mas O Mestre pouco tem de crítica que inspire a discussão. A história não aprofunda a análise da seita e foca no drama dos personagens. A religião é explorada apenas em seu surgimento, servindo como inspiração e pano de fundo para os personagens. Então o que sobra é a qualidade do elenco. Liderado por Philip Seymor Hoffman e Joaquin Phoenix, a turma recebeu muitos elogios da imprensa internacional.

Film Comment também fala do filme Keep The Lights On, do cineasta Ira Sachs. A história explora uma conturbada relação homoafetiva banhada a sexo, drogas e carências, tendo Nova York como cenário. A produção vem sendo bem comentada pela crítica portuguesa, tendo inclusiva vencido Festival de Cinema Queer Lisboa.



Por fim, a revista comemora o retorno do ator francês Jean-Louis Trintignant ao cinema. Aos 81 anos e com mais 135 filmes no currículo, ele está voltando em Amour, de Michael Haneke. A história gira em torno de um casal de idosos convivendo com problemas de saúde e isolamento. O filme dividiu a crítica, com parte falando da grandiosidade poética da metáfora social e outra da mostruosidade "óvni" do diretor.



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